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Aumento da demanda interna e busca por uma agricultura mais sustentável devem fomentar setor e atrair novos investimentos ao Brasil, segundo levantamento da Redirection International.


O crescimento do mercado brasileiro de insumos biológicos, estimulado pela implementação do Programa Nacional de Bioinsumos e pela busca por uma produção sustentável de alimentos, deve impulsionar as atividades de fusões e aquisições (M&A) no Brasil, segundo um relatório da Redirection International, assessoria especializada em fusões & aquisições, publicado recentemente. O estudo mapeou a indústria brasileira de insumos agrícolas e destaca os fatores que colocam o mercado brasileiro como um dos mais atrativos para investimentos na área de biológicos.


De acordo com o relatório, a adoção de bioinsumos tem crescido cada vez mais no Brasil e se apresenta como uma alternativa aos produtos químicos que, em geral, têm uma grande dependência do mercado internacional. Como exemplo, apesar de o Brasil ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo e o quarto maior consumidor global de fertilizantes, cerca de 80% dos insumos consumidos no país são importados.


“O conflito entre a Rússia e a Ucrânia escancarou a fragilidade e a dependência que o país tem em alguns insumos agrícolas, ficando mais vulnerável à disparada dos preços internacionais. Por isso, a atenção se volta cada vez mais para alternativas, como por exemplo a remineralização do solo e o uso de bioinsumos, que envolvem a utilização de matérias primas de origem biológica, como microrganismos, materiais vegetais, orgânicos ou naturais”, explica o economista e sócio da Redirection International, Vinicius Oliveira, um dos responsáveis pelo estudo.


Segundo dados da CropLife Brasil, entidade que representa a indústria de insumos, as vendas de produtos biológicos cresceram 30% em 2023 e a expectativa é fechar o ano com crescimento de 35%, movimentando cerca de R$ 4 bilhões no país. O potencial do mercado nacional de bioinsumos também é destacado em uma publicação da Embrapa Soja de 2022, que projeta que o setor alcançará o volume de R$16,9 bilhões em 2030.


Além da redução da dependência brasileira do mercado internacional, outros fatores também devem impulsionar os investimentos na indústria de produtos biológicos como, por exemplo, a tendência global em busca de cultivos agrícolas ambientalmente sustentáveis (priorizando produtos que já existem na natureza e reduzindo o uso de insumos químicos) e o aumento da produtividade e da segurança alimentar.


O relatório da Redirection International aponta ainda que os resultados do uso de insumos biológicos são bastante animadores e cita o caso de uma empresa de capital aberto que adotou o uso exclusivo desses insumos no manejo das lavouras, obtendo ganhos de até 15% na produtividade de grãos no Rio Grande do Sul e aumentando a qualidade dos produtos como o café, por exemplo.


“Como se trata de um mercado embrionário, ainda está sujeito a questões regulatórias, sobretudo a produção ‘on farm’, feita na própria propriedade rural e que, normalmente, não segue critérios rígidos de controle de qualidade. Muitos estudos já apontam para os riscos desse tipo de produção caseira, tanto para a saúde humana quanto para o meio ambiente. Por isso há a expectativa para a regulamentação da cadeia produtiva e a profissionalização do setor nos próximos anos, principalmente devido à implantação do Programa Nacional de Bioinsumos, lançado em 2020, o que deve fomentar o desenvolvimento industrial neste segmento”, ressalta Vinicius Oliveira.


Fonte: Sucesso no campo