• contato@comiva.com.br
Dólar Comercial: ⬆Compra:Dólar Comercial: ⬇Venda:Marfrig - Mineiros-GO @Boi:Marfrig - Mineiros-GO @Novilha:Marfrig - Mineiros-GO @Vaca:
R$ 5,164R$ 5,165R$ 212,00R$ 205,00R$ 200,00

A chegada de uma carga de 35 milhões de litros de diesel russo no Porto de Santos, no final de setembro, marca o início de mudanças nas importações do óleo pelo Brasil. De um lado, os temores de desabastecimento são amenizados. Do outro, a Rússia encontra mais um mercado em meio comércio prejudicado após a guerra com a Ucrânia.

Na visão da consultoria StoneX, as expectativas são de que as importações de diesel do Leste Europeu, essencialmente o russo, pelo Brasil avancem, com as licenças em vigor e possíveis novas aprovações pela agência reguladora brasileira. O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, já havia projetado a chegada de novas cargas em outubro no país.

"As expectativas são, de fato, de que o Brasil passe a importar cada vez mais diesel do Leste Europeu, em meio à busca da Rússia de ampliar seus compradores", respondeu ao Notícias Agrícolas durante evento nesta quarta-feira (05) da consultoria Bruno Cordeiro, analista de energia da StoneX.

Nesta terça-feira (04), a Reuters destacou que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou no final de setembro licenças para importação de cerca de 20 mil toneladas de diesel da Rússia em um indicativo de que novas cargas do combustível devem atracar dessa origem pouco comum nos próximos dias nos portos brasileiros.

Temendo um desabastecimento de diesel em pleno escoamento da safra de grãos, que ocorre principalmente no quadrimestre março, abril, maio e junho, diversos setores do país se movimentaram. Com isso, o governo intermediou em julho negociações com exportadoras russas que culminaram na primeira carga dessa origem atípica que atracou em Santos no final de setembro.

A informação das negociações, inclusive, foi antecipada pelo almirante Flávio Rocha durante o evento de 25 anos do Notícias Agrícolas. Depois disso, os altos preços e os temores de desabastecimento até diminuíram nos últimos meses com um recuo nos preços internacionais do petróleo e as reduções tributárias no mercado de combustíveis, mas as importações seguiram negociadas.

Ainda de acordo com a apuração da Reuters, a carga que chegou em setembro seria da Ice Química Comercial Importadora e Exportadora Ltda, de Palmas (TO). Além dos novos anúncios de terça, desde agosto, as licenças deferidas pela ANP já somavam 61,8 mil toneladas para duas importadoras, incluindo a Ice. O diesel russo, porém, ainda não atraiu gigantes do setor no Brasil, como a Blueway Trading, que é da Raízen, ou a Vibra Energia e a própria Petrobras, que seguem realizando compras dos Estados Unidos.

"O monitoramento disso poderá ser feito através das próximas divulgações dos dados de balanço comercial por parte do antigo MDIC [Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços]", disse Santos.

No momento da negociação, o volume das cargas pode sofrer alteração e haver retificação junto à agência. Cada licença expedida pela ANP é válida por 90 dias, podendo ser prorrogada por mais 90 dias.



FONTE: www.noticiasagricolas.com.br