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Quanto custa o seu bezerro de leite?

“Zootecnista apresenta uma metodologia de engorda de bois com custo mais baixo, pouco manejo e muito eficiente”

Amplamente utilizado pelos grandes criadores de gado, o confinamento agora pode ser uma alternativa também para pequenos, médios e aqueles que integram a agricultura familiar proporcionando uma democratização desse sistema produtivo com custos mais baixos do que os praticados no mercado. Em Mineiros- GO, o procedimento tornou-se possível em função de um projeto inédito desenvolvido pelo Departamento de Negócios Pecuários da COMIVA, sob a gerência do Zootecnista Sávio Ribeiro Mota. Denominado Projeto Real, quanto custa o seu bezerro de leite? O Projeto tem como objetivo levantar os custos que envolvem a recria e engorda de bezerros de raças leiteiras, do nascimento ao abate, em um sistema de alimentação onde se exclui a participação de alimentos volumosos na dieta.

Através do levantamento desses dados pretende-se apurar a viabilidade econômica desse modelo de criação. Pois essa categoria de animal, que são os bezerros machos raças leiteiras, hoje representam hoje um entrave ao sistema de produção da maioria das propriedades leiteiras, pois muitos produtores ainda não sabem ao certo que destino dar a estes animais, seja por questões de ordem pessoal ou mesmo de ordem econômica.

Porém, o principal objetivo deste projeto é trazer informações e alternativas relevantes para os produtores e demais segmentos ligados ao setor de produção de leite, e também de carne. Em uma demonstração na Chácara da COMIVA , denominada Chácara Flores, situada à Rodovia Municipal Mineiros, região do Cedro, os técnicos envolvidos nos estudos apresentaram o Confinamento sem Volumoso, dando destaque para duas inovações, tanto em nível de Brasil como mundial, o uso do grão inteiro de milho na dieta dos animais e o confinamento dos bois no pasto. Os bezerros foram adquiridos através de doações de produtores de leite da região onde a COMIVA atua.

Foram adquiridos 30 animais para formarem 2 lotes de 15 cabeças. O primeiro lote deverá ser abatido com 11@ de média e o segundo lote deverá ser abatido com média de 16@. O período de confinamento foi divido em duas etapas. A primeira etapa um lote de 15 animais será abatido quando alcançar um peso médio de 11@, esta etapa deve durar aproximadamente 7 meses. E um segundo lote também de 15 animais será abatido quando atingir um peso médio de 16@, esta etapa deve durar aproximadamente 9 meses.

Com o abate dos animais será feito o estudo de viabilidade econômica desse sistema de criação. Será feito também um dia de campo entre o abate do 1º e 2º lote, para mostrar os resultados e para que os produtores possam ver os animais vivos consumindo a dieta e observando o estado de saúde dos animais."Estamos trabalhando para criar opções a todos os produtores, principalmente àqueles que estão em regiões onde não há volumoso (bagaço de cana-de-açúcar, sorgo, feno, capim, etc.). A partir dos nossos estudos, ficou comprovado que esses alimentos podem ser trocados perfeitamente pelo milho inteiro e com melhores resultados em todos os aspectos", explica o gerente Sávio Ribeiro. Ele disse ainda neste novo sistema de engorda, que a partir de conclusões das pesquisas agora pode ser conduzido no pasto, os animais são alimentados com dieta à base de 85% milho grão inteiro, misturados com 15% de núcleo protéico-mineral-vitamínico peletizado, (Pro Beff Grano Entero) dispensando o uso de volumoso, que sempre foi a base da alimentação em confinamento. Os resultados positivos foram constatados em termos de ganho de peso, consumo de alimento, conversão alimentar (ou seja, os animais não precisam necessariamente comer muito para ter ganhos), rendimento e acabamento de carcaça e custo por arroba produzida.

Segundo ele, quando desenvolvido em sistema tradicional de engorda confinada em currais, sem adaptação prévia - os animais sentem bastante a mudança da dieta com volumoso (capim) para dieta sem volumoso (milho grão inteiro). Assim, objetivando aprimorar este sistema, surgiu a técnica de manter os animais confinados no pasto, permitindo o acesso dos bois ao volumoso pasto durante o período de adaptação.

Quanto ao uso do milho inteiro, segundo Sávio, diferente do volumoso, está constatado que o boi tem mais vantagem de ganho de peso ao ruminá-lo. Ao contrário do que acontece com o volumoso, como o bagaço de cana, caroço de algodão e a casca de soja que exigem dos animais mais gasto de calorias para ruminá-lo e, consequentemente, ter ganham peso num tempo maior. Neste novo sistema, está comprovado que os animais podem ser abatidos um ano antes que no confinamento tradicional. Ou seja, além de ser mais barato traz os rendimentos com mais rapidez. Um outro ponto importante do Projeto Bezerro Real, é a pouca estrutura exigida, pois a distribuição da dieta aos animais é mais simples do que no sistema tradicional, sendo possível tratá-los a pé ou com carroça, dependendo do volume, eliminando grande quantidade mão-de-obra, bem como gastos com óleo diesel ou aquisição e manutenção de máquinas, o que facilita a adoção deste modelo também por pequenos e médios produtores, que não precisarão investir em estrutura como no confinamento tradicional. O necessário é a construção de um cocho com barris plásticos, por exemplo, que têm baixo custo.