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SÃO PAULO (Reuters) - O dólar ensaiava uma alta mais firme nesta sexta-feira, após hesitar mais cedo, com temor de aperto monetário agressivo por parte do Federal Reserve contrapondo alívio por dados de vendas no varejo mais fracos do que o esperado nos Estados Unidos, comentários mais brandos do presidente russo sobre a guerra na Ucrânia e uma forte leitura do setor de serviços brasileiro.

Às 11:07 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,36%, a 5,2911 reais na venda, próximo das máximas da sessão, depois de ceder mais cedo até 5,2415 reais (-0,58%).

Na B3, às 11:07 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,57%, a 5,3095 reais.

A moeda norte-americana estava a caminho de encerrar a semana, que foi encurtada por feriado local na quarta-feira, em alta de mais de 1% frente ao real, depois de ter sido impulsionada na terça por movimentos de proteção contra riscos globais.

O vaivém do dólar no mercado local mais cedo nesta manhã acompanhou dinâmica vista no exterior, onde um índice que compara a divisa norte-americana a seis pares fortes chegou a devolver ganhos acentuados de mais cedo e rondar a estabilidade, apenas para depois voltar a operar no azul. Por volta de 11h, o índice do dólar ganhava 0,48%.

Dados desta manhã mostraram que as vendas no varejo dos EUA ficaram inesperadamente inalteradas em setembro, uma vez que a inflação elevada e o rápido aumento da taxa de juros provocaram queda da demanda por bens.

Segundo investidores, o dado mais fraco poderia acalmar temores de que o banco central norte-americano será muito agressivo em seu atual ciclo de aumento de juros conforme tenta domar a inflação mais alta em décadas.

"Varejo nos EUA perdendo tração, em linha com o menor consumo de bens. Isso é esperado e está no cenário base para a desaceleração da inflação (condição necessária)", disse em publicação no Twitter Arthur Mota, da equipe de macro e estratégia do BTG Pactual, embora tenha ressalvado que indicadores da inflação de serviços dos EUA seguem em patamares elevados.

Dados da véspera mostraram que o índice de preços ao consumidor dos EUA subiu mais do que o esperado no mês passado. Embora os principais ativos de risco do mundo tenham fechado a quinta-feira com viés amplamente positivo, especialistas alertavam para a permanência de temores em relação à inflação e o esforço dos bancos centrais para contê-la.

"A inflação mostra-se cada vez mais impregnada na economia (dos EUA), sendo esse o principal temor da autoridade monetária na ata da última reunião", escreveram estrategistas da Levante Investimentos. "As declarações de seus dirigentes apontam que o Fed continuará aumentando o patamar dos juros até que a inflação convirja à meta, ainda que à custa da atividade econômica."

Oferecendo algum alívio a investidores do mundo inteiro, o presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta sexta-feira que qualquer confronto direto das tropas da Otan com a Rússia levaria a uma "catástrofe global" e que não havia planos para mais mobilização militar no país.

Os comentários de Putin foram recebidos como mais brandos, e vieram depois de uma escalada nos ataques de Moscou à Ucrânia no início desta semana.

Também estava no radar de investidores a perspectiva de reversão de planos de cortes de impostos no Reino Unido, depois que a primeira-ministra, Liz Truss, pediu a demissão do ministro das Finanças responsável pelo projeto fiscal que desencadeou ondas de estresse no mercado de títulos do país.

No Brasil, reforçando o cenário de resiliência da economia, dados do IBGE desta sexta-feira mostraram que o setor de serviços brasileiro seguiu em ritmo firme em agosto, com alta no volume de vendas pelo quarto mês seguido e acima do esperado.

"Esperamos que alguns dos setores de serviços ainda impactados pela Covid se recuperem ainda mais nos próximos meses, apoiados por estímulos fiscais significativos renovados, um mercado de trabalho firme e inflação em queda", disse em relatório Alberto Ramos, diretor de pesquisa macroeconômica para América Latina do Goldman Sachs.

Na véspera, a moeda norte-americana à vista fechou praticamente inalterada, a 5,2723 reais na venda.



FONTE: www.noticiasagricolas.com.br