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SÃO PAULO (Reuters) -O dólar saltou frente ao frente ao real nesta quarta-feira, com investidores buscando proteção conforme aguardavam definições sobre os gastos extra-teto que serão incluídos na PEC da Transição e o tempo de vigência das exceções, em meio ainda a receios externos na esteira de dados econômicos norte-americanos mais fortes do que o esperado.

A moeda norte-americana à vista fechou em alta de 1,50%, a 5,3824 reais na venda, depois de mais cedo ter saltado até 1,83%, a 5,3995 reais.

Na B3, às 17:06 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,84%, a 5,4045 reais.

O vice-presidente eleito e coordenador da transição de governo, Geraldo Alckmin, apresentará o texto da PEC da transição de governo nesta quarta-feira às 19h, no Senado, segundo informou o gabinete do relator-geral do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI). Uma entrevista coletiva deve ocorrer às 20h.

Mais cedo, o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), disse que o texto da PEC não trará prazo de duração da exceção à regra fiscal, mas a expectativa nos mercados é de que ela dure pelo resto do mandato de Lula.

"Em primeiro lugar, teremos um aumento do risco fiscal, o que significa um aumento da taxa de juros por eles demandada para financiar a dívida pública", disse a Genial Investimentos sobre a perspectiva de uma retirada permanente do Bolsa Família do teto de gastos.

"Segundo, com o aumento do risco fiscal e redução do diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos, ... os investidores estrangeiros deverão pedir uma taxa de câmbio mais desvalorizada para comprar os títulos públicos brasileiros. Com a desvalorização cambial a pressão sobre a taxa de inflação vai aumentar."

Estrategistas da Guide Investimentos também chamaram a atenção em nota a clientes para a ansiedade de investidores em meio ao "suspense sobre a composição da Esplanada dos Ministérios do próximo governo Lula".

Três fontes disseram à Reuters nesta quarta-feira que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad está sendo visto como o favorito do presidente eleito para comandar o Ministério da Fazenda.

O clima externo colaborou para os ganhos do dólar nesta quarta-feira, disse Marco Noernberg, responsável pela área de Renda Variável da Manchester Investimentos, citando preocupações com a inflação após dados de vendas no varejo dos EUA terem surpreendido para cima, reduzindo a expectativa de que o Federal Reserve possa moderar seu ritmo de altas de juros.

Quanto mais agressivo é o banco central norte-americano no aperto monetário, mais o dólar tende a se valorizar globalmente, conforme investidores redirecionam recursos para o mercado de renda fixa dos EUA.

A notícia de que mísseis atingiram a Polônia na terça-feira, matando duas pessoas, chegaram a colaborar para a aversão a risco global mais cedo, mas a preocupação global de que a guerra na Ucrânia pudesse ultrapassar a fronteira diminuiu depois que a Otan afirmou que a explosão não se tratou de um ataque russo.



FONTE: www.noticiasagricolas.com.br