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O mercado da soja inverteu o sinal e fechou o pregão desta segunda-feira (21) em campo positivo na Bolsa de Chicago, encerrando o dia com altas de 8,25 a 8,50 pontos nos contratos mais negociados. Assim, o janeiro terminou a sessão valendo US$ 14,36 e o maio com US$ 14,48 por bushel. Os preços do farelo e do óleo também subiram, ajudando no suporte aos grãos.

A semana é mais curta para o mercado futuro norte-americano e os traders vão se ajustando antes do feriado do Dia de Ação de Graças, que será comemorado em 24 de novembro, quando as bolsas não funcionam. Assim, o mercado tende a ficar na defensiva, ainda caminhando de lado e buscando definir uma direção.

"Pessoalmente, não coloco muito peso na negociação desta semana. Essa costuma ser uma semana que não aponta muita direção ou convicção no mercado, costuma ser uma semana mais quieta", diz Aaron Edwards, consultor de mercado da Roach Ag Marketing.

Ainda assim, seguem as atenções, de um lado, para o cenário fundamental, bem como às informações que chegam do macrocenário, em especial neste dia de baixas intensas em outras commodities, como o petróleo - que chegou a tocar suas mínimas em 10 meses - ou o algodão, que perdeu quase 5% nesta segunda-feira.

Além disso, os preços da oleaginosa foram também estimulados pelos bons números dos embarques da soja norte-americana informados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) hoje. Foram mais de 2,3 milhões de toneladas, volume maior do que o da semana anterior e bastante forte, apesar de terem ficado dentro do intervalo esperado.

Outro ponto de apoio aos futuros da soja negociados na CBOT foi a queda do dólar frente ao real. A moeda brasileira terminou a sessão com baixa de mais de 1% - depois de consecutivas e fortes altas - valendo R$ 5,31.

Dessa forma, a semana começou também mais lenta no mercado brasileiro, sem grande avanço nos negócios. Não só a queda do câmbio segurou o ritmo das vendas, como as manifestações dos caminhoneiros em diversas partes do Brasil, as quais se intensificaram no final de semana e continuaram nesta segunda.

A entrada do porto de Paranaguá ficou bloqueada por cerca de 14 horas, gerou 13 km de filas de congestionamento, e foi reaberta na tarde de hoje, mas deixou os vendedores um tanto apreensivos. Dessa forma, o porto nem chegou a registrar problemas ou prejuízos financeiros, uma vez que foi embarcando aquilo que tinha de carga em seus terminais.

Algumas rodovias seguem com pontos de manifestação, o fluxo está mais lento em algumas regiões, porém, tudo vai voltando à normalidade apesar dos protestos. Ainda assim, como explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities, o que exige atenção agora é o frete. "Menos caminhões disponíveis neste momento também pode atrapalhar. E isso atrapalharia mais para as tradings que precisam levar milho para o porto. Se o frete estourar, vai amargar prejuízo. Não vai deixar de exportar,
mas a conta fica pior. Ainda não vimos nada nesse sentido", diz.

Mesmo assim, Vanin alerta para uma necessidade de monitorar o avanço da comercialização no Brasil. "Se o produtor brasileiro entrar em um movimento de não vender, por protesto, ou medo do câmbio subir muito mais, esse sim pode ser um fator mais impactante. Não vejo isso ainda, porque a comercialização está lenta e muito atrasada. Mas, se lá na safra isso continuar, aí há condições para os EUA venderem no lugar do Brasil e aí traria impactos", completa.



FONTE: www.noticiasagricolas.com.br