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A quarta-feira (23) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações em campo misto na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 89,76 e R$ 92,95.
O vencimento janeiro/23 foi cotado à R$ 89,76 com alta de 0,30%, o março/23 valeu R$ 92,95 com elevação de 0,36%, o maio/23 foi negociado por R$ 92,50 com ganho de 0,33% e o julho/23 teve valor de R$ 90,45 com queda de 0,11%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 está na calmaria nesta véspera de feriadão do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, o que afeta todo o mercado internacional.
“Não tem muita novidade no milho. O que esperamos é que nas próximas semanas a China apareça no mercado e comesse a comprar”, diz.
Brandalizze ainda destaca que o mercado brasileiro segue comprador e com muitos navios programados para entregar. “O porto hoje está entre R$ 92,00 para o começo de dezembro e R$ 96,00 para fevereiro”.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais altas do que baixas ao longo desta quarta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorização em São Gabriel do Oeste/MS e Amambai/MS. Já as valorizações apareceram em Castro/PR, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “apesar da oferta de milho aparecer com mais força no mercado, as exportações em ritmo acelerado continuam a dar liquidez aos negócios, o que mantém a saca estável na casa dos R$ 85,00/sc”.
Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma quarta-feira de comercialização lenta. “Seguindo o ritmo travado de negociações na semana, o mercado deve ter mais um dia de poucas movimentações. O dólar novamente opera em alta frente ao real, beirando a estabilidade, e a Bolsa de Chicago apresenta leves ganhos. Contudo, nenhum dos fatores deve ser suficiente para maiores fixações de venda ao longo do dia”.
A consultoria destaca ainda que, “o mercado brasileiro de milho apresentou preços estáveis nesta terça-feira internamente, com valorização nos portos. A alta do dólar sustenta os preços nos portos e o ambiente interno e externo ainda remete a intensa volatilidade cambial”.
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou as atividades desta quarta-feira somando movimentações altistas para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento dezembro/22 foi cotado à US$ 6,63 com ganho de 6,50 pontos, o março/23 valeu US$ 6,66 com valorização de 7,00 pontos, o maio/23 foi negociado por US$ 6,65 com alta de 6,75 pontos e o julho/23 teve valor de US$ 6,60 com elevação de 6,25 pontos.
Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última terça-feira (23), de 1,07% para o dezembro/22, de 1,06% para o março/23, de 1,06% para o maio/23 e de 1,07% para o julho/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho pouco mudaram em relação à sessão anterior em negociações tranquilas, já que o mercado está de olho nas previsões de tempo seco que podem causar mais estresse nas safras argentinas.
“Ao chegarmos neste fim de semana e daqui para frente, o clima sul-americano será um grande negócio para os mercados. Há uma grande safra de soja e milho na América do Sul, então a questão do clima é fundamental”, disse à Reuters, Don Roose, presidente da US Commodities, com sede em Iowa.
