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O início da safra de inverno 2022 de batata foi marcado por um cenário de bom de preços, mas com alguns problemas na produção – sobretudo em Vargem Grande do Sul (SP), principal praça produtora para o mercado de mesa no período.
Em julho, quando foram colhidas as primeiras áreas da temporada, o clima predominantemente quente e seco favoreceu a incidência de pragas nas lavouras, o que impactou na produtividade de forma geral. Em Vargem Grande do Sul (SP), uma forte pressão de murcha de verticillium causou perdas expressivas na produção no primeiro mês de colheita, e alguns produtores relataram que suas médias de produtividade ficaram abaixo de 30 t/ha.
Em agosto, houve uma melhora generalizada das condições no campo. No entanto, o excesso de tubérculos provocou uma significativa queda nas cotações – que chegaram a apresentar a menor média do ano. Assim, a rentabilidade do produtor foi prejudicada.
A partir de setembro, a produção seguiu boa e os preços registraram uma melhora, principalmente devido ao início da desaceleração da safra de inverno, mas também porque as indústrias passaram a absorver uma expressiva quantia de batata com aptidão para processamento – já que também tiveram problemas na produção, e a matéria-prima adquirida em contrato não foi suficiente para atender toda a demanda das processadoras.
Dessa forma, apesar dos problemas enfrentados, na média da safra, a rentabilidade foi positiva – exceto para produtores que concentraram as colheitas em julho ou agosto e tiveram quebra de safra acentuada. Para 2023, há uma sinalização de que, nesse período, a área para o mercado de mesa possa crescer, já que a safra vem há quatro anos apresentando resultados positivos.
