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As exportações brasileiras de frutas vinham registrando desempenho crescente nos últimos cinco anos, batendo recorde em receita e em volume em 2021 – inclusive, atingindo a meta tão almejada de superar os US$ 1 bilhão em arrecadação.
Em 2022, como adiantado na edição de novembro da Revista Hortifruti Brasil, não foi possível renovar o desempenho recorde do ano anterior, ficando, inclusive, inferior ao resultado em volume obtido em 2020.
Segundo dados da Secex, o Brasil exportou em 2022 quase 980,4 mil toneladas de frutas, queda de 17% frente ao ano anterior. Em receita, foram arrecadados US$ 955,5 milhões, retração de 15% na mesma comparação.
No geral, para a maioria das frutas, houve reflexos do clima no desempenho: para as cultivadas no Nordeste, Norte de Minas Gerais e no Espírito Santo, o principal fator foi o excesso de chuvas (principalmente no primeiro semestre), enquanto nas do Sul, foi a seca que refletiu na produção.
Além do clima, dificuldades no fechamento de contratos da safra 2022/23 para melão e melancia, questões logísticas (falta de navios e contêineres) e dificuldade no repasse dos maiores custos de produção no valor de venda também impactaram nos resultados.
