A volatilidade desta semana continua para o mercado da soja na Bolsa de Chicago e os futuros da oleaginosa voltaram a recuar no início da tarde desta quinta-feira (9) na Bolsa de Chicago. Perto de 12h20 (horário de Brasília), as cotações cediam de 2,25 a 6,25 pontos nos principais vencimentos, com o contrato março sendo cotado a US$ 15,17 e o maio com US$ 15,09 por bushel. O julho tinha US$ 15,00. Mais cedo, os preços chegaram a subir mais de 10 pontos, em especial nos primeiros contratos. 

A pressão maior vem das baixas do óleo. Mais cedo, os futuros do derivado subiam, bem como os do farelo de soja, mas voltaram a operar do lado negativo da tabela, aprofundando suas perdas e voltando a trabalhar abaixo dos 60 cents de dólar por libra-peso. Caem também os preços do petróleo - tanto no WTI, quanto no Brent - o que ajuda a pesar sobre os futuros do óleo de soja.

Além disso, o dólar frente ao real subindo e marcando sua máxima em um mês também contribuem para o movimento. Perto de 12h35 (horário de Brasília), a moeda americana tinha alta de 1,28% e vinha cotada a R$ 5,26. O dólar mais alto dá mais competitividade ao produto brasileiro e ajuda na pressão sobre a CBOT. 

Paralelamente, permanecem as atenções sobre o clima na América do Sul, a colheita lenta no Brasil e às condições para a Argentina. 

"Ontem, na Argentina, foram contabilizadas chuvas de até 10 mm no centro de Santa Fé, norte e leste de Córdoba. 10 a 20 mm no norte de Entre Rios e pontual no centro-oeste de Santa Fe", epxlica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. "O modelo GFS, gerado nesta manhã, e o modelo Europeu, gerado de madrugada, indicam chuvas a partir do dia 13 para a Argentina, com o GFS indicando chuvas para o centro da região norte de Buenos Aires, Santa Fe, centro-sul e nordeste de Cordoba, norte de Entre Rios, toda a Santiago del Estero. O modelo Europeu indica chuvas para o centro-noroeste de Buenos Aires, centro e norte de Santa Fe, nordeste de Cordoba, centro e norte de Entre Rios, toda a Santiago del Estero".