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RIO DE JANEIRO (Reuters) - O mandato para o diesel renovável poderia começar com um percentual de adição ao biodiesel de cerca de 5% como forma de estimular o mercado nacional para o produto, defendeu nesta terça-feira o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim.

Segundo o executivo, a Petrobras está preparada e tem tudo pronto para atender a futura demanda do chamado "diesel R", com uma proporção de até 10% de conteúdo renovável, notadamente óleo vegetal.

"Se não tiver mandato a gente não consegue colocar no mercado. O ideal é que isso ocorra o mais rápido possível, senão não adianta a gente desenvolver a tecnologia. Está tudo pronto, pronto para funcionar", disse ele a jornalistas em evento Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI).

O diesel R pode ter até 7% de óleo vegetal na sua composição, apresentando as mesmas características físico-químicas do diesel S-10, de origem fóssil, produzido pela estatal. Isso permitiria que o produto fosse misturado ao diesel B, que já conta com biodiesel, atualmente em uma parcela de 12%.

A ideia, que vem sendo defendida pelo executivo, é que o mercado do diesel R comece pequeno e ganhe experiência e escala com o passar do tempo.

"O percentual pode ser ali até 5%, isso seria razoável", frisou Tolmasquim. "Tem que dar uma motivação".

A Petrobras já produz diesel R na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e tem planos para expandir a produção nas instalações de Cubatão, Paulínia e Reduc.

Nesta terça-feira, a Petrobras anunciou sua expectativa de aumentar em 146% sua capacidade de produção de diesel R na Repar, após ter recebido autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para operar mais uma unidade. A produção passará dos atuais 5 milhões de litros por dia para 12,3 milhões de litros por dia, ainda neste ano.

MARCOS REGULATÓRIOS

O diretor da Petrobras classificou como boa e positiva a expectativa do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de aprovação de marcos regulatórios nacionais para eólicas offshore e hidrogênio verde.

Em entrevista à Reuters, Silveira disse que os marcos para as novas tecnologias podem sair ainda neste ano, à medida que o país busca explorar novos setores para impulsionar sua transição energética.

A estatal tem planos para investir nas duas frentes, bastante ligadas ao processo de transição energética, e estuda oportunidades dentro e fora do país.

Com reservas expressivas de gás natural, a Petrobras também pode ter investimentos no hidrogênio "azul", que usa o insumo de origem fóssil como matéria-prima para a produção do hidrogênio, em vez das fontes renováveis que dão origem ao hidrogênio classificado como verde.

"É importante o quanto antes o Brasil embarcar nessas energias que têm sinergia com as nossas capacidades e expertises. Olhamos tanto aqui quanto lá for a", disse ele.

"Esse ano (se aprovado marco) é um bom prazo e já dá para o governo organizar em 2024 leilão", finalizou.

Fonte:
 Reuters