Quem nunca ouviu dizer a seguinte frase: Será que depressão não seria frescura?

Pois bem, saiba que depressão é classificada oficialmente pelo Ministério da Saúde como doença. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células.

Dados recentes apontam que a média nacional de suicídio é 5,5 casos a cada 100 mil habitantes. Segundo dados do Ministério da Saúde, em média, 11 mil pessoas tiram suas próprias vidas a cada ano no Brasil.

Alguns Sintomas:

• Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte. A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio
  
  
• Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis;
  
  
• Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio;
  
  
• Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom “cinzento” para si, os outros e seu mundo;
  
  
• Insônia, dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento;
  
  
• Diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido;
  
  
• Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.
  
  

Considerando os riscos e danos que a depressão pode causar, o indivíduo que apresente os sintomas expostos, deve buscar ajuda ou ser direcionado por familiares e amigos para atendimento psicológico profissional, até porque depressão tem tratamento.

O Brasil também conta com suporte gratuito através do Centro de Valorização a Vida (CVV).

O CVV é uma associação civil sem fins lucrativos, que trabalha com prevenção ao suicídio e tem ajudado milhares de pessoas em todo país.

Para atendimento, basta ligar no 188 de telefone fixo ou celular.

Vale ressaltar que o apoio da família é indispensável nesse momento. A família precisa estimular que a pessoa doente procure atendimento profissional, deve ficar de olho nos sinais e comportamentos e ofertar ajuda onde couber.

Nesse momento difícil, a compreensão e demonstração de afeto fazem grande diferença no processo de recuperação.

Luciano Fernando Lopes Técnico de Segurança do Trabalho – SESMT/COMIVA