O plantio da soja em Goiás já deveria ter sido finalizado, mesmo com diferentes calendários de semeadura entre as regiões do Estado. Entretanto, segundo o assessor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), Leonardo Machado, cerca de 90% das lavouras da oleaginosa foram semeadas.

Ele explica que o atraso se deu pela irregularidade e baixo volume de chuvas, além das altas temperaturas. Estes fatores também atrapalharam o desenvolvimento de algumas lavouras, o que deve fazer com que alguns produtores aproveitem as chuvas da última semana para realizar replantio. 

Dessa forma, as negociações desta safra de soja estão lentas, com menos de 20% da safra comprometida, segundo Machado. Ele detalha que a comercialização está devagar tanto pela incerteza do que será colhido como também dos preços da oleaginosa.

Outro ponto destacado por ele é a questão da janela ideal para melhor produtividade do milho safrinha, que já foi comprometida. Machado pontua que deve haver redução de área, menor investimento por parte dos produtores em tecnologia e, aqueles que se programaram, devem ocupar parte da área que seria destinada ao milho com a cultura do girassol.