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“As chuvas estão mais frequentes, mais regulares, em bons volumes e até em alguns momentos atrapalhando o bom andamento dos trabalhos no campo, como a colheita e as aplicações de defensivos. A previsão é de chuvas em volumes significativos o que deve favorecer a evolução de doenças nas lavouras ainda não colhidas”. A previsão foi apresentada pelo agrometeorologista da Rural Clima, Marco Antônio do Santos, durante palestra no Open Sky Soja 2024 realizado pela Proteplan.

De acordo com análise do especialista, as precipitações devem prevalecer em boa parte de Mato Grosso até meados do mês de abril.  O aumento do volume de água ajuda, porém não muda o cenário de redução na produtividade já consolidado até o momento. 

“É fato que neste momento as chuvas ajudam a estancar as quebras, mas não revertem. Como tem muita lavoura ainda em fase vegetativa e entrando agora, na fase reprodutiva, as chuvas vêm para ajudar muito o produtor. Só que tem outro lado, com o retorno das chuvas, a pressão para doenças vai ser enorme. Então o produtor deve estar ciente da importância das operações de colheita bem como as pulverizações de fungicidas nas propriedades”, explicou.

De acordo com o Marco Antônio, de uma forma geral o clima está melhor com temperaturas mais amenas. Esse também deve ser o padrão pelo menos até a primeira quinzena de abril. “Devido o El Niño as chuvas devem cortar novamente, em Mato Grosso. Então há uma tendência de que a partir da segunda quinzena de abril adiante, as chuvas darão uma trégua voltando só na primavera, no segundo semestre”, afirmou.

O PhD em fisiologia vegetal, Marcio Domingues, da empresa R&D Crop Physiology, também foi um dos palestrantes desta quinta edição do Open Sky Soja. Ele pontuou que o momento é de muito aprendizado, em especial na interação de cultivares com o ambiente de estresse hídrico e térmico, vivenciado na atual safra. O pesquisador salienta a importância de ter um olhar estratégico para os aspectos fisiológicos da planta.

“O que a gente pode realmente contribuir. Nós enquanto pesquisadores, agricultores, os consultores e empresas que estão envolvidas no agro. Então este é o momento de olhar mais para a planta, entender um pouco mais de que forma as tecnologias podem interferir no processo fisiológicos das plantas, de que forma nós podemos contribuir para essas plantas enraizarem melhor para absorver mais água e buscar mais suporte”, disse.

Domingues pontua que a segunda safra ainda deve ser afetada pelo fator clima, mas o principal prejuízo já está visível nas lavouras da primeira safra.  E chamou atenção para perdas que, muitas vezes, não estão visíveis. “Voltou a chover só que em muitas plantas já haviam sido computadas as perdas. Exemplo é o baixeiro das plantas de soja. Já havia perdido, aí choveu, ela ficou bonita, verde e folheou. Mas, porque eu preciso de folhas se eu não tenho nem baixeiro para encher? Aquele primeiro terço da planta já foi comprometido com abortamento de flores e dos canivetinhos”, pontuou

Fonte: Crop AgroComunicação