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Modelo de negócio bem sucedido em diferentes setores da economia nacional, as vendas diretas movimentam em torno de R$ 45 bilhões/ano no Brasil. O país está na sétima colocação mundial e na liderança do setor na América Latina, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD). Sobre os perfis dos empreendedores, as mulheres são maioria, ocupando 60% dos postos de trabalho. O formato comercial está consolidado, também, no agronegócio, com a adesão de milhares de mulheres à modalidade.

Os primeiros passos na comercialização de produtos e serviços agrícolas pelo sistema de venda direta foram dados pela Produce, que conta com uma considerável participação feminina no formato colaborativo de negócio, mesmo em tempos de crise. O cofundador e vice-presidente da empresa, Guilherme Trotta, ressalta que as mulheres têm uma aptidão própria para esse tipo de negócio, que é realizado sem a necessidade de intermediários. “O mercado é competitivo e a principal estratégia é estreitar os laços com o produtor rural, é inegável que elas têm uma habilidade incrível para fazer essas conexões”, resume.

A plataforma de vendas disponibiliza um portfólio com mais de 600 itens, planejados para levar produtividade e tecnologia para as lavouras, otimizando a performance no campo. Sementes selecionadas de grãos, fertilizantes, defensivos, produtos veterinários e insumos biológicos são oferecidos, via aplicativo.

Atuando na Produce desde 2021, a engenheira agrônoma Luciana Maria Pereira afirma que conhecimento não escolhe gênero, por isso considera que o agro é, sim, lugar para as mulheres. “Vendas é 100% relacionamento e o que importa é ter confiabilidade, transparência e honestidade. Somos importantes porque temos o nosso jeito de lidar com as situações, a mulher tem mais facilidade e é menos explosiva. Além disso, temos que estar sempre atentas ao mercado e atualizados com as novas tecnologias”.

Casada, com três filhos e duas netinhas, Luciana concilia o trabalho de consultora na Produce com o setor de atacado de alimentos e vê o sistema de vendas diretas como um facilitador para o produtor rural, pois não há a necessidade de deslocamento até uma loja física. “Trabalhamos com as necessidades do cliente, do plantio à colheita. Se ele precisa de um hibrido de milho especifico para silagem, por exemplo, eu tenho condições de oferecer também um inoculante, adubação, fertilizantes, químicos ou biológicos e até a lona para a silagem, dispomos de um pacote de opções, o que é muito mais cômodo para o comprador”, reforça.

Luciana lembra que a Produce tem um grande mix de produtos, que possibilita o cliente fazer uma compra completa sem precisar buscar outra empresa fornecedora. “O produtor está entendendo e vendo com bons olhos, até porque a concorrência também está aderindo ao modelo de negócio”, complementa a profissional de 45 anos, uma dos nove mil consultores (também chamados de producers) que atuam em todas regiões do Brasil.

Guilherme Trotta destaca que a empresa não exige exclusividade dos consultores, sejam homens ou mulheres. E entre as vantagens, cita a autonomia, a flexibilidade de horários e a possibilidade de renda extra, com taxa de ganhos acima da média do mercado. “A mesma soja que eles vendem pela concorrência, podem comercializar também pela Produce, com a diferença que, conosco, eles vão ganhar 5% do total, muito mais do que os 2% habitualmente pagos. Além disso, são donos do próprio negócio e não têm custos extras”, exemplifica.

A Produce se encarrega da avaliação de crédito, entrega e cobrança. “Costumamos dizer que todo o processo é digital, mas com atendimento e assistência humanizados, tanto para o produtor rural como para o consultor. Precisamos é que esses profissionais estejam próximos ao cliente, para prestar assistência e ser o elo com a lavoura”, resume Trotta. “O grande risco é que o consultor ganha sempre, e ganha bem”, lembra o cofundador e vice-presidente da empresa. 

Caroline Bueno é outro exemplo de mulher bem sucedida no time da Produce. Começou abrindo novos mercados no Mato Grosso de Sul e, há seis meses, foi transferida para o estado vizinho, passando a ser responsável técnica e de expansão no Mato Grosso do Sul e no Vale do Araguaia. A engenheira agrônoma conta que gosta de desafios e acredita que ser mulher facilita na hora de negociar. “Hoje temos uma receptividade muito melhor por parte dos produtores rurais. Quando me formei, há nove anos, o preconceito e o receio eram bem maiores.  Costumo dizer que, hoje, dificilmente eles dizem um ‘não’ diretamente para nós, mulheres, e isso torna mais fácil as negociações”.

A profissional relata que tem uma rotina puxada, mas conciliável, porque é compartilhada com o marido que também é do agro. “A Produce é uma oportunidade muito grande e muito boa para obter um ganho extra. Temos vários outros exemplos de mulheres que estão se saindo bem e se destacando. O agro tem espaço para todas nós”, assegura Caroline.

Luciana Pereira reitera que a Produce abriu as portas para uma mulher com pouca experiência e não exigiu exclusividade.  “Tive treinamento e formação, o corpo técnico me deu apoio e segurança para voltar a atuar na área. Ser mulher no agro é desafiador, mas é gratificante e as conquistas superam todos os obstáculos”.
Fonte: AgroUrbano Hub de Comunicação.

Fonte: Sucesso no Campo